E o dia amanhece , meus olhos doem o clarão na janela me enlouquece .
E o dia amanhece , luz ... eu escuridão , solidão que me fiz ser .
As vezes ouço o cantar dos pássaros outras vejo o sol , porém nem a própria depressão me aguenta e intendo que há uma psicologia diferente ...
E o dia amanhece , o tempo diz que dormir é para descansar o corpo e então eu pergunto como descansar a alma ?
Ações dos tempos que satisfazem e nos condena a inércia para que não venhamos ter uma vida condicional.
E o dia amanhece num contínuo piscar , o corpo relaxa treme as pálpebras começam a aceitar que terminou a ronda noturna e o corpo tem que descansar...
o passado fervilha
o presente é frio e solitário
o futuro desconhecido mesmo em sonhos utópicos.
o dia amanhece os galos cantam ... eu me vou sem despedidas assim como uma hora dessas ir sem volta e a deixar tudo ...
tudo que nunca tive , que nunca foi ou será meu .
E o dia amanhece tudo que fica se termina uma hora ou outra , a cem anos atrás éramos futuro , hoje esses cem anos é passado e no meio de tudo isso sempre haverá um presente .
Um presente que já foi aberto ou usado por outro momento em uma outra suposta brecha no tempo .
Renato Fernandes