O meu tempo .
Individual , separado , desenfreado pois assim o é para todos e todos não estão no meu tempo .
É leve e pesado , é recíproco na mente cansada e armada de inúteis tentativas em verdades utópicas .
Um veleiro em mar aberto , sem velas e ancorado a deriva da costa e tudo pode estar congelado ou errado no certo .
Uma madrugada após a outra em minha máquina do tempo , viajando em multiversos juntando partes da memória já esquecida e aquecida .
Inércia trajetória que sucumbe segundos , areia fina do deserto nos bolsos do casaco velho ao som do vento sul .
O meu tempo ...
É meu por vezes estes momentos , tais estes cheios do vazio , da fragilidade insana de outros o tomar .
A bagagem feita , espalhada do início ao agora e sigo com minha mente noite afora sem forma pleiteando no mosaico sobre a luz que traspassa o prisma da imaginação .
O meu tempo .
Criação paralela para uma platéia sem olhos nem ouvidos , talvez um sentido que desconheço pois egoísmo não é meu tempo .
O meu tempo se esvai , se esvazia , se entorpece e em algum momento eu viva pois dos três um me intriga .
O meu tempo ...
Autor: Renato Fernandes.
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