Eu adorno o tempo ao qual convivo não importa o instante , pois torna-se flamejante .
Eu adorno a escrita empírica sem plágio tendo um adágio .
Eu sinto e escuto , um escudo lá fora aqui dentro de forma sem forma .
Eu adorno a incoerência coerente sem restrições pelas ações ....
Adorno .
Renato Fernandes
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Eu tenho esquecido tentar esquecer tanto esquecimento e já esqueci de lembrar que lembrei .
Eu tenho esquecido de escrever o que lembro , porém na biblioteca do meu ser está .
Eu tenho esquecido e isso é tão presente quanto o passado que já é ausente , pois faz parte em uma parte que já fui um instante.
Eu tenho esquecido porém jamais apagado o outrora o agora e o para sempre , mesmo esquecido já mais estarei ausente ... Renato Fernandes.
As vezes e por vezes diferente de mim e tão igual a tantos eus que me volto a muito pensar .
As vezes me tenho sem ter , tendo o que sou sendo estranho pensar o que não fui e agradecendo por não ter sido .
As vezes e por vezes , muitas vezes ar , água , terra e fogo . Tempestades calmaria , sabedoria sem saber passado esquecido , enterrado falecido .
As vezes uma incógnita , um rolo de filme antigo em uma caixa no sotan , já sem áudio e com imagens em preto e branco.
As vezes diferente de mim e tão igual a tantos eus ...
As vezes esquecido e lembrado por mim mesmo , e tão Narciso , pois sou eu essas tantas vezes em que me vejo . Renato Fernandes.
Outrora que me fez ser agora e descobri .
Eu nasci e tenho nascido cerca de 34560 vezes por dia , pois a vida vem e vai em um piscar de olhos.
Eu nasci , um nascimento o qual o corpo seja um empréstimo na vida assim como tudo que tenho .
Eu nasci e tenho aprendido em cada nascimento o prazer dos sentidos , e isso é quase inexplicável .
Eu nasci e apesar do outrora ao agora conto uns poucos anos adiante , e posso desconsiderar o que passou pois o passado tem minha morte .
Eu nasci e tenho nascido
Eu ressuscito e agradeço por essa oportunidade de restituição e aprendizado dia após dia .
Pois eu ....
Nasci . Renato Fernandes.
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Tanta luta
Tantos gastos
Tanta hipocrisia
O corpo fica
Tanto tempo , dinheiro ,
sorrisos vazios , felicidades poucas .
Tantas paisagens sonhadas e outros tantos episódios não assistidos , mas de certo valeu .
O corpo fica
Tentos trançados no decorrer do caminho , alegrias quase apagadas como uma história de ficção ou fantasia .
Tanto há tanto e por tanto o corpo fica.
Fica a imagem para outros até o esquecimento , fica um legado renegado e um estorno ao universo.
O corpo fica ...
A alma se dispersa e ninguém sabe realmente para onde , e quem diz saber possivelmente teme entender que o corpo fica. Renato Fernandes.
...
Teria eu ficado?
Teria ela ido ?
Teria o tempo apagado apagado para um ?
Se ela soubesse...
Como seria agora ?
Como as horas seriam e como as preecheriamos?
Se ela soubesse...
Das fotos sem câmeras que tirei !
Dos cheiros e perfumes que guardei !
E das tantas paisagens a dois que pintei .
Se ela soubesse...
O tanto do primeiro olhar
O explendor dos dias e noites ao passar
O último dia sua partida a me deixar ...
Se ela soubesse voltaria !
Mas eu onde estaria ? Renato Fernandes
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De repente tive uma visão lúcida de que todos os aparelhos eletrônicos se apagavam toda energia sucumbia , luzes no céu , pessoas na rua , medo, repentino perguntas sem resposta .
De repente tive essa tal visão , me vesti as pressas , lembrei de atravessar a cidade rapidamente encontrar meu filho , era quase noite céu nublado , alguns relâmpagos porém artificiais e sinistros .
De repente todo mundo nas ruas , alguns com propósitos parecidos de encontrar seus familiares e amigos , outros para saquear e matar , e outros ainda para fugir não sei pra onde pois carros não funcionavam , nem qualquer aparelho eletrônico.
De repente a cidade era escuridão e gritos , correria , tiros , fogo , fumaça ... Eu apurava meus passos desviando de todos e desejando que ninguém me visse naquele caos.
Derrepente sirenes .... Eu quase sem fôlego corria , relâmpagos , correria ...
Continua ....
Renato Fernandes.
Renato Fernandes.
O tempo é nos dado ironicamente pelo medo e o temor do que aprendemos .
O tempo é nos dado pelas ideias mundanas de crescimento desde o início do mesmo pelo ouro e pela prata.
Insistência temporal , coexistência ao qual por vez desconheço e quem diz conhecer desconhece a si mesmo .
O tempo é curto e mais curto ainda quando se é ignorado por não participar como deve as ideias que comandam o mundo .
O tempo é sobrevivência sem medo de morrer e sim temor as necessidades . Quem em vida não consome recursos?
O tempo é isso e muito mais , e quem insiste nele coloca um pouco mais do mesmo , até o instante do próprio recurso interno acabar .
E o único paraíso que conheço é o próprio inferno que cada me dá na insistência de dizer que há ... Renato Fernandes
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Medo de mergulhar fundo e descobrir o que repousa por lá.
Medo de saber a verdade de todas as perguntas e não ter mais razões para discernir sobre a matéria pois será que a mesma ainda estará?
As vezes tenho medo de sucumbir e renascer e repetir sem saber , pois sabendo não haveria o que aprender e não sabendo seria não haver razão de existir.
Medo é tão clichê, tão fraco ser , pois as vezes é tudo o que meros mortais somos, é inevitável não pensar porém melhor é evitar entender.
As vezes tenho medo, e se qualquer um em sã consciência não tiver tal sentimento nesse pensar profundo será então humano?
Medo não é ser submisso a criação, medo para mim é ser parte essencial de uma contínua e desejada evolução . Renato Fernandes .
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Egoísmo ?
Não !
Pois é injusto ser eu somente eu?
Cada um tem suas próprias janelas e portas para abrir .
Cada chave e nós dada em cada manhã quando nos é permitido acordar .
Cada passo nesse tempo rolante é adornado pelas cores que cada um atribui conforme seu sentimento .
Eu somente eu , espero cada dia poder colorir e atribuir para o derradeiro futuro desconhecido um bom descanso em um sonho de paz .
Cada um leitor veja o mesmo , cada um de vós comece seu permitido dia pela primeira pintura viva !
O nosso próprio reflexo ... Renato Fernandes
Serei eu mesmo como fui outrora antes do ventre , serei o vento , serei o tempo que também não existia .
Serei o silêncio no excelentíssimo momento, que o próprio momento desconhece , pois é presente .
Serei eu mesmo não uma árvore de frutas podres e nem alguém no corpo de alguém.
Serei o intuito de influência ao que vejo a frente pois quem julga a liberdade é tolo .
Serei o verbo das minhas ações , e chega de tolices pois a verdade só é vista quando se vive a própria vida.
Renato Fernandes
Tenho um tempo que desconheço , uma janela distante , uma porta intrigante .
Tenho uma história escrita não por mim mas quem atua sou eu me fazendo acreditar que escrevo .
Eu Tenho
Tenho um instante no presente , algumas lembranças do passado e uma empatia do futuro nada além disso .
Tenho tudo em meus pulmões que me fazem ser o que sou , um ser pensante de um semblante sutil e articulado .
Tenho a impressão de um término raro de perceber , um relato difícil de explicar e de alguém entender .
Eu tenho
Tenho isso e aquilo , e tanto aquilo quanto isso pode ser lindo ou aterrorizante .
Tenho respeito por tais momentos que marcam e se estendem num possível legado .
Eu tenho e quem em sua lucidez tênue não tem ?
Se não tem há de ter quando refletir em meio a turbulência do seu próprio silêncio seleto . Renato Fernandes.
O que terei eu a dizer sobre ?
E sobre todas as coisas que vivi teria eu algo a dizer ?
O que terei eu , alguém teria algo a dizer ?
Algo que seja este melhor do que o espelho que o reflete , melhor do que o ventre que o gerou !
Até mesmo o ventre não o pertence pois é um berço onde emprestado lhe deixo vir a vida !
O que terei eu em meio aos hipócritas que não seja o veneno de suas próprias flechas jogadas para o alto ?
Um túmulo de pedra me cerca e um morto vivo me tornei , por vezes saio ressuscitado e outras morto retorno ...
É uma lástima tudo que há de vir pois o egoísmo reina e a ganância enrraisou nos corações .
O que eu terei não é por fim importante tanto quanto o que é importante o que todos tenham , pois infelizmente agora a hipocrisia torna cada a ser um ator e autor em carreira solo na vida que se esvai ...
É importante então dizer cada um respectivamente em frente de seus espelhos :
O que terei eu a dizer sobre ?
Renato Fernandes.
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É tão fácil
Tão fácil voltar ao passado pois somos uma máquina do tempo perfeita em uma presente preparação...
É tão fácil imaginar o futuro , porém difícil mesmo é não ter medo e coragem deste .
É tão fácil
fácil amar , sorrir , chorar , odiar e tantos sentimentos ... porém difícil mesmo é organizar cada um e refletilos em nossa existência.
É... é tão fácil .
E qual é a verdade nisso qual a coerência ? , viver ! reiniciar cada dia em uma máquina perfeita , movida por sons , pulsares , explosões e dimensões...
É assim mesmo tudo tão fácil ... difícil mesmo é acreditar e se tornar espontâneo e aceitar ...
Aceitar que é fácil mesmo que nas horas ruins sejamos testados a não ver a luz .
Renato Fernandes.
O que eu deixei ser sendo eu um ser e tenho sido , porém no presente desconhecido , um futuro antigo .
o que eu deixei o incoerente ser existir me fazendo morrer estando vivo ?
Nada faz sentido e se fizesse como seria ser se não tivesse existido?
Renato Fernandes.
Quando o tempo gentiliza uma versão tão incoerente aparentemente coerente , torna-se assim cada vez mais uma verdade sendo descoberta .
Quando o tempo realmente parar , sim quando realmente ficar inerte será triste e enlouquecedor para muitos que vivem compartilhando hipócrisia.
Quando o tempo se fundir há muitos outros tempos será inútil fugir , será apenas você afrente de um grande espelho cobrando a si próprio o porque .
Quando assim o último grão de uma ampulheta descer , é censato que a viremos para dar continuidade ....
Renato Fernandes.
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